terça-feira, 30 de setembro de 2008

"O Poderoso Chefão" em tela grande no Palácio


The Godfather (EUA, Itália, 1972)
De Francis Ford Coppola. Com Marlon Brando, Al Pacino, James Caan, Robert Duvall, Diane Keaton, Talia Shire.

"Não é nada pessoal, são só negócios."
"Eu vou fazer uma oferta que ele não pode recusar".

Alguém pode ter a noção do que significa assistir a "O Poderoso Chefão" em tela grande? Isso nos dias de hoje é mais raro de achar, porque as pessoas que tiveram o privilégio de estar raciocinando na época que viram o filme já não se encontram mais tão disponíveis. A obra é tão emblemática, taão enigmática, tão cinema, que é impossivel descrever a sensação de, em pleno século XXI, era das projeções digitais, assistir a um filme em sua cópia original e um cinemão tradicional, no caso, o Palácio.

Baseado na obra de Mario Puzzo, o filme narra a saga da família Corleone no controle da Máfia Italiana infiltrada nos Estados Unidos. Enquanto Don Vito Corleone comanda como o "padrinho" de toda a comunidade, seus filhos vão tomando os mesmos rumos que o pai, com exceção de Michael, que quer levar uma vida normal. Quando o patriarca sofre um atentado e os "negócios" ficam arruinados, é hora de Michael deixar o orgulho de lado e lutar pela honra de sua família, como um legítimo Corleone.

O filme dispensa apresentações. O Don Vito de Marlon Brando entrou pra história, na sua interpretação mais profunda em todos os seus filmes. Brando está tão natural e tão ele mesmo que é impossível achar que ele está representando. Ele é Don Corleone e isso é inegável. Al Pacino está no seu melhor papel, talvez só igualado em "Scarface". Mario Puzzo assina o roteiro junto com Coppola, que entrega uma direção tão perfeita que chega a fazer chorar. Só mesmo num festival para se ter a honra de assistir a uma copia restaurada e original.

E é só o que eu posso escrever. A emoção de assistir a um filme desses num cinema de verdade. Não posso julgar, não cheguei nesse nível, e pra julgar Marlon Brando você precisa ser Marlon Brando, e isso acho que nunca daria pra mim. Sou um mero espectador que teve a honra máxima da sua vida num festival, que dentre tantas estréias e filmes aguardados do mundo todo, ainda venera um dos maiores clássicos da história.

Nota: Quem sou eu pra dar nota.

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